Uma saudade

A espera da partida excita
Meu coração em explosão
Vem a partida,
Chegada consciente de alegria e agonia.
Conversas, palavras são trocadas,
Tudo me deslumbra
Até o silêncio que corta a noite,
Não me amargura
Sorrisos, olhares sucumbem
À tristeza.
A lagoa ecoa nomes…
O olhar vaga… guarda o que pode
Da riqueza dessa beleza.
Ah! Minha alteza; penso eu
A beira da lagoa, o vento bate
Em nós… após você sente frio.
Cria-se um cenário
O armário de lembranças é aberto
A lagoa que ecoa um sonho,
Um canto
Não é mais sonho, vejo-a, sinto-a,
Escuto-a realmente murmura
Teu nome, sobre nome.
O sono cai sobre o meu corpo
A separação é tão perto que não
Há distância ao coração.
O corpo descansa em paz…
Atroz surge amanhã.
Junto-me a ela e na mesa
Olho-a… admiro-a.
Caminhando na areia, que
Semeia, vários pensamentos
Nela brilha conchas brancas
Tantas que me confundem
Tão brancas as são que parece
Sinal de verdadeira pureza;
Não é alteza?
Cai a tarde sem sol…
Vem a noite sem lua… sem estrelas…
Sem brilho algum.
Quem sabe não brilharam por razão
Inveja de um brilho maior?
O brilho de nossos olhos que refletiam
Nas conchas e iluminavam,
Não mentiam… uma felicidade
Que outrora chamei-a de divindade.
Isso me traz saudade,
De lugares, paisagens,
Sonhos, palavras, você.
De volta durmo distante
… mas contente… ciente
Que guardo, a tua ternura,
O teu amor
O sono chega, toma meu corpo.
Durmo como um rei
Coroado com tanta felicidade.